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Tribuna Benfiquista

Á campeão

por Guilherme Monteiro, em 09.05.16

Vitória à campeão da nossa equipa ontem na Madeira frente ao Marítimo, estamos agora a 3 pontos de sermos tricampeões.

 

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O nosso treinador fez alinhar o onze mais previsível, sendo o lugar do lesionado Gaitán foi preenchido por Carcela. Mais uma vez, como tem sido hábito nos últimos jogos entrámos de forma tranquila no jogo, estudando a forma pela qual o adversário se posicionava no campo, sem termos grande pressa em chegar ao golo. Mas a partir dos 11 minutos começámos a carregar, primeiro por um cabeceamento de Mitroglou para defesa fácil de Salin, depois foi Jonas aos 13, também de cabeça com a bola a ser cortada em cima da linha de golo por um defesa adversário. Sete minutos depois, nova sensação de golo, lançamento lateral de Eliseu para Jardel e depois Dirceu a fazer um corte meio enrolado quase a trair o seu próprio guarda-redes. A este nosso jogo ofensivo, o Marítimo ia respondendo com uma postura defensiva, mas nada de anti-jogo ridículo como nas últimas partidas.

Aos 27 minutos um dos lances capitais da partida, Renato Sanches entra na área e é rasteirado pelo defesa do Marítimo que, após fazer um carrinho, chega atrasado ao lance e não consegue tocar na bola. Fábio Veríssimo para além de não marcar penalti ainda teve a indecência de admoestar o nosso jogador.

Por esta altura já se verificavam algumas nuances tácticas na nossa equipa, primeiro a troca constante dos extremos, Carcela e Pizzi estavam muitas vezes nos lados opostos ao que é costume, de forma confudir as marcações adversárias, e Jonas também recuava muitas vezes para vir buscar jogo. Numa dessas vezes, o melhor marcador do campeonato passa por vários adversários e à entrada da área desfere um remate indefensável que vê a bola a embater no poste, sendo que na recarga Carcela vê o seu remate cortado em cima da linha de golo por um adversário.

 

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Apenas dois minutos volvidos, nova oportunidade para nós, cruzamento na esquerda de Pizzi e Jonas de novo de cabeça a rematar para grande defesa de Salin. Por esta altura já tínhamos tido uma mão cheia de oportunidades de golo, começava a parecer daqueles jogos que estamos a noite toda a rematar e que não conseguimos marcar golo.
Aos 36 minutos o lance do jogo, investida do Marítimo pela esquerda e Renato Sanches ao fazer a dobra a André Almeida acaba por rasteirar o adversário vendo assim o segundo cartão amarelo. Um jogo que apesar do 0-0 estava a ser acessível, e adivinhava-se a qualquer momento o nosso golo, tornava-se assim de grau de dificuldade extrema com apenas 10 homens. O amarelo foi bem mostrado pois o nosso jogador foi imprudente, agora este deveria ser o primeiro cartão e não o segundo.
Até ao intervalo, mesmo com dez homens ainda conseguimos desferir 3 remates perigosos, dois por Mitroglou e outro por Carcela, no entanto o nulo manteve-se.


Após o intervalo seria importante marcar golo o mais depressa possível pois o cansaço iria acabar por vir ao de cima na nossa equipa com menos um jogador, e foi isso que aconteceu. Numa jogada de insistência de André Almeida, a bola acaba por sobrar para Mitroglou que de primeira bateu Salin. Estava feito o primeiro no jogo, tarde e a más horas, pois já o justificávamos já na primeira parte.

 

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Cinco minutos depois o pior momento do jogo, um dos centrais do Marítimo bate de cabeça contra cabeça contra um dos nossos jogadores na sequência de um pontapé de canto caindo inanimado no relvado. O jogo esteve parado quase 7 minutos para a sua assistência. Pelas declarações que vi dos responsáveis do Marítimo penso que já estará tudo bem com o jogador.
Esta paragem acabou por fazer mal a nossa equipa, pois o Marítimo, também com as substituições do treinador, apareceu mais ofensivo e à procura do empate.
Ainda assim as melhores ocasiões continuavam a ser da nossa equipa, Jonas, à passagem do minuto 68 desfere um potente remate de fora da área para grande defesa de Salin, na recarga Pizzi, com a baliza completamente à sua mercê, consegue acertar no guarda redes adversário que ainda estava no chão.
A treze minutos do fim a melhor ocasião do Marítimo, canto na direita e após um cabeamento a bola acaba por entrar na nossa baliza, no entanto antes de entrar existe um jogador adversário que em fora de jogo se faz ao lance tornando-o assim inválido. Este lance que acabou por ser anulado foi a única espécie de ocasião do Marítimo em todo o jogo.

 

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Por esta altura, já tinham entrado Talisca, Samaris e Raul para o lugar de Carcela, Jonas e Mitroglou. Alterações que vieram equilibrar bastante a equipa, nomeadamente a entrada do grego.
E a 8 minutos dos noventa, falta ganha pelo grego a três metros da área do Marítimo, originou um livre perigoso, descaído para a direita, mesmo ao jeito de Talisca. E o baiano não desperdiçou, mais um livre marcado de forma eximia, ao jeito do que tinha feito frente ao Bayern. Estava feito o 2-0 e pudemos finalmente descansar os nossos corações.
Até ao final, de destacar mais um remate ao ferro, desta vez por Raul após cruzamento de Pizzi.

 

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Apesar de termos jogado mais de uma hora com menos 1 jogador foi um jogo mais tranquilo que os últimos, penso até que desde o jogo com o Braga esta foi a nossa melhor exibição, pois criámos quase uma dezena de oportunidades e não deixámos o nosso adversário ter uma sequer.
Não consigo destacar nenhum jogador pela positiva pois tiveram todos a um nível excepcional, tiveram todos ao nível das necessidades e conseguiram uma vitória justa e categórica.
Pela negativa tenho que destacar a imprudência de Renato no lance do segundo amarelo, mas são situações normais e nosso jogador sendo ainda um menino tem margem para evoluir e aprender com estes erros.

 

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Quero também deixar mais uma notas, uma vai para o nosso treinador, pela forma como montou a equipa, pelo seu discurso que nunca alimenta polémicas ridículas nem dá troco a aziados.
Outra nota para os jogadores e staff do Marítimo que não deixaram o seu profissionalismo ser afetado pelo jogo da mala. Nas ultimas jornadas temos visto os adversários do Benfica só com estratégias anti-desportivas, a perder tempo, a tentar destabilizar os nossos jogadores com agressões físicas e verbais, mas os insulares jogaram o jogo pelo jogo, e dignificaram e muito a nossa vitória.

 

 

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